domingo, 4 de outubro de 2009

17 milhões admitem ter vendido voto, diz pesquisa


Este é o verdadeiro efeito do modelo "assistencialista" do atual governo. 17 milhões tiveram a coragem (ou a cara de pau) de falar a verdade !!!

Fonte: Site IG


Uma pesquisa do instituto Datafolha, divulgada neste domingo, revela que 17 milhões de brasileiros admitem ter vendido seu voto ao menos uma vez. As informações são do jornal “Folha de S.Paulo”.


A pesquisa, que ouviu 2.122 pessoas em 150 municípios, indica que, entre os entrevistados que admitiram ter vendido seu voto, 10% o fizeram em troca de emprego ou favor, 6% em troca de dinheiro e 5% em troca de presente.


O estudo revela, ainda, que 12% dos entrevistados dizem estar dispostos a mudar seu voto por dinheiro, 79% acreditam que os brasileiros vendem voto e 33% concordam com a ideia de que não é possível fazer política sem um pouco de corrupção.


Além disso, 92% dos entrevistados disseram acreditar que existe corrupção no Congresso Naconal e nos partidos políticos. Para 88%, há corrupção na Presidência da República e nos ministérios.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

OS PRINCIPAIS ERROS - LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: http://www.cassao.eti.br/portal/content/erros-mais-comuns-da-l%C3%ADngua-portuguesa

O texto em vermelho é o exemplo errado

MANTEIGUEIRA

A minha mantegueira era de estimação.
A minha manteigueira era de estimação.

Manteigueira (man-tei-gueira-ra), vem de "manteiga".

O correto, portanto, é:
A minha manteigueira era de estimação.

RECORDE

Ele bateu o record.
Ele bateu o recorde.

Recorde: indica uma marca máxima atingida.
Diga recórde, forma correta. A forma aportuguesada recorde (paroxítona) já é de uso consagrado e reconhecida pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Evite a pronúncia proparoxítona (récorde) e a grafia inglesa record. A pronúncia proparoxítona é registrada somente por Houaiss.

O correto, portanto, é:
Ele bateu o recorde.

CABELEIREIRO / PRAZEROSO

É prazeiroso ir ao cabelereiro.
É prazeroso ir ao cabeleireiro.

Prazeroso: não existe a letra "i" nessa palavra. Sua formação é a seguinte: prazer+oso. Daí, prazeroso, prazerosamente (e não "prazeiroso" ou "prazeirosamente").
Cabeleireiro: o correto é cabeleireiro (ca-be-lei-rei-ro). Provém de "cabeleira+eiro" (que indica profissão).

O correto, portanto, é:
É prazeroso ir ao cabeleireiro.

TAMPOUCO / TÃO POUCO

Não houve frutas, tão pouco doces.
Não houve frutas, tampouco doces.

Tão pouco: muito pouco. Assim: A família tinha tão pouco para doar (= algo em pouca quantidade) / Ele comeu tão pouco (= muito pouco).
Tampouco: Também não; nem. Assim: Não comeu frutas, tampouco doces.

O correto, portanto, é:
Não houve frutas, tampouco doces.

MUÇARELA / MOZARELA

Quero uma pizza de mussarela.
Quero uma pizza de muçarela.

Não existe a grafia "mussarela" (com "ss"). Está consignada no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, a forma muçarela (com "ç"). Pode-se usar também a forma mozarela. A grafia mussarela é de uso comum nos folhetos de propaganda das pizzarias, o que não justifiça a continuação de seu uso. A palavra muçarela vem do italiano mozzarella, um queijo de origem napolitana feito de leite de búfala (ou de vaca). Mozzarella é diminutivo de Mozza (leite talhado com fungo, mozzé).

O correto, portanto é:
Quero uma pizza de muçarela.

COMPANHIA

Maria, quero ir em sua compania.
Maria, quero ir em sua companhia.

Não existe a palavra "compania". É inaceitável a pronúncia "compania".

O correto, portanto é:
Magda, quero ir em sua companhia.

ETC.

Tenho um apartamento com sala, quarto e etc.
Tenho um apartamento com sala, quarto, etc.

Etc. é abreviatura de et caetera ou et coetera, expressão latina que significa "e as outras coisas". Normalmente é usada quando se quer evitar uma longa enumeração - Tenho um apartamento com sala, quarto, etc. / Fui à feira e comprei mexericas, bananas, verduras, pastéis, etc. Atualmente, aplica-se também para pessoas, embora, pelo sentido, se use com referência a coisas somente. Usa-se vírgula antes de "etc". O que não se deve usar é a conjunção "e".

O correto, portanto é:
Tenho um apartamento com sala, quarto, etc.

AVÔS / AVÓS

O pai do meu pai e o pai da minha mãe são meus avós.
O pai do meu pai e o pai de minha mãe são meus avôs.

Avôs e avós: o substantivo avô tem duas pronúncias no plural: "avôs" ("ô" fechado) e "avós" ("ó" aberto). Assim: avôs, quando se refere ao avô paterno e ao avô materno: avós, quando se refere ao "avô" e à "avó" (ou aos antepassados).

O correto, portanto, é:
O pai do meu pai e o pai de minha mãe são meus avôs.

TACHAR / TAXAR / LADRA

Marta foi taxada de ladrona.
Marta foi tachada de ladra.

Tachar: é acusar, censurar. Outros exemplos: Ele também foi tachado de ladrão / O promotor foi tachado de leviano.
Taxar é regular o preço; regular, moderar, lançar uma taxa (tributo) sobre.
Pode também significar "qualificar": Muitos taxam a medicina de infalível.
Ladrão: seu feminino é ladra.

O correto, portanto, é:
Marta foi tachada de ladra.

BEM-VINDO / BENVINDO

Seja benvida, Maria Cristina.
Seja bem-vinda, Maria Cristina.

Bem-vindo(a): é um adjetivo composto.
Bemvindo(a) (sem hífen) é nome de homem ou de mulher. O plural de "bem-vindo" é "bem-vindos"; o feminino é "bem-vindas". Assim: Bem-vindo, prezado mestre. / Bem-vinda, prazada professora.

O correto, portanto, é:
Seja bem-vinda, Maria Cristina.

DISPENSA / DESPENSA

A dispensa da casa estava sempre cheia de bons alimentos.
A despensa da casa estava sempre cheia de bons alimentos.

Dispensa: isenção, desobrigação: Recebeu a dispensa do serviço militar.
Despensa: local onde se guardam alimentos.

O correto, portanto, é:
A despensa da casa estava sempre cheia de bons alimentos.

DEPREDAR

Os adversários de Danielle depedraram o caminhão.
Os adversários de Danielle depredaram o caminhão.

A forma correta é depredar: "roubar", "saquear", "destruir".

O correto, portanto, é:
Os adversários de Danielle depredaram o caminhão.

POSSUIR

Ele possue mais de dez apartamentos.
Ele possui mais de dez apartamentos.

Possuir: nas formas dos verbos terminados em "uir", mais precisamente na 2a e 3a pessoas do singular do presente do indicativo, grafa-se "-ui" e não "ue", isto é, emprega-se a letra "i" e não a letra "e". Assim: possuis, possui.
Observe também o verbo "concluir": "concluis", "conclui". O verbo "poluir" também: poluis, polui.

O correto, portanto, é:
Ele possui mais de dez apartamentos.

HAJA / AJA

Que você haja com prudência.
Que você aja com prudência.

Aja é do verbo "agir". Haja, do verbo "haver".
Aja: presente do subjuntivo do verbo "agir" (que eu aja, que tu ajas, que ele aja, etc.).
Haja: presente do subjuntivo do verbo "haver" (que eu haja, que tu hajas, que ele haja, etc.).

O correto, portanto, é:
Que você aja com prudência.

MAS / PORÉM

Ela se candidatou, mas porém, não obteve êxito.
Ela se candidatou, mas não obteve êxito.

As conjunções mas e porém juntas constituem uma forma inaceitável de redundância. Usa-se uma ou outra: Ela se candidatou, mas não obteve êxito; ou Ela se candidatou, porém não obteve êxito.

O correto, portanto, é:
Ela se candidatou, mas não obteve êxito.

COPO DE ÁGUA

Bia pediu um copo com água, uma xícara de café e um litro de leite.
Bia pediu um copo de água, uma xícara de café e um litro de leite.

Não quer dizer que o copo seja feito de água, que a xícara seja feita de café e que o litro seja feito de leite, embora a preposição "de" designe o material de que é feita alguma coisa: cabo de aço, estátua de gesso, etc.
Poucas pessoas teimam em dizer "copo com água", "xícara com café", "litro com leite" - tais expressões têm o sentido de "copo (xícara ou litro) com alguma água ou com algum café, leite". Quando se diz "copo de água", etc., a palavra "copo" (xícara ou litro) define a medida; não quer dizer que o copo (xícara ou litro) seja feito de água, etc.

O correto, portanto, é:
Bia pediu um copo de água, uma xícara de café e um litro de leite.

IR A / IR PARA

Foram para Rio das Ostras passar uns dias.
Foram a Rio das Ostras passar uns dias.

A preposição "a" indica deslocamento rápido.
A preposição "para" indica deslocamento demorado ou definitivo.

O correto, portanto, é:
Foram a Rio das Ostras passar uns dias.

AO INVÉS DE / EM VEZ DE

Ao invés de falar, procurou ser atencioso.
Em vez de falar, procurou ser atencioso.

Há diferença entre:
Ao invés de: é a mesma coisa que "ao contrário": Ao invés de comprar, vendeu.
Em vez de: é a mesma coisa que "em lugar de": Em vez de falar, procurou ser atencioso.

O correto, portanto, é:
Em vez de falar, procurou ser atencioso.

CONVIR

Olívia, faça quando isto lhe convir.
Olívia, faça quando isto lhe convier.

Convir: segue, na conjugação, o verbo "vir". Significa "concordar", ser conveniente, ser útil. O futuro do subjuntivo de vir é: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Assim: convier, convieres, convier, conviermos, convierdes, convierem.

O correto, portanto, é:
Olivia, faça quando isto lhe convier..

POLIR

Mary Lucy pole mensalmente os seus talhares .
Mary Lucy pule mensalmente os seus talheres.

Polir: presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem.

O correto, portanto, é:
Mary Lucy pule mensalmente os seus talhares.

REAVER

Eles reaveram o objeto perdido.
Eles reouveram o objeto perdido.

Reaver: verbo defectivo. Segue o verbo "haver" somente nas formas em que conserva o "v".

O correto, portanto, é:
Eles reouveram o objeto perdido.

IR

Se ele ir, eu irei também.
Se ele for, eu irei também.

O futuro do subjuntivo do verbo "ir" é: for, fores, for, formos, fordes, forem.

O correto, portanto, é:
Se ele for, eu irei também.

ACAUTELAR-SE / PRECAVER-SE

Que você se precavenha, meu filho.
Que você se acautele, meu filho.

Precaver-se: este verbo não possui o presente do subjuntivo. Deve ser substituído por "acautelar-se", "prevenir".

O correto, portanto, é:
Que você se acautele, meu filho.

COLORIR

Eu coloro a vida com versos de amor.
Eu dou cor à vida com versos de amor.

Colorir: verbo defectivo. Só se conjuga nas pessoas em que ao "r" se segue "e" ou "i". Assim:... tu colores, ele colore, nós colorimos, vós coloris, eles colorem. Não se conjuga, pois, na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Quando precisar, procure usar um equivalente, como "Dar cor a"; "matizar de cor"; "pintar com cores vivas", etc.

O correto, portanto, é:
Eu dou cor à vida com versos de amor.

CONSIGO / COM VOCÊ

Quero falar consigo.
Quero falar com você.

O pronome consigo é reflexivo. Assim: Ele fala consigo mesmo. / O professor leva consigo a pasta. Deve-se dizer: Quero falar com você. / Quero falar com o senhor. / Quero falar com ela. / Quero ir com ela ao teatro. Se o tratamento for da segunda pessoa deve-se dizer: Quero falar contigo. / Quero ir contigo ao cinema.

O correto, portanto, é:
Quero falar com você.

MIM / SI

Eu fiquei fora de si.
Eu fiquei fora de mim.

O pronome mim concorda com a 1a pessoa (eu) e o pronome si, com a 3a pessoa (ele, ela).
Assim: Meus filhos esperam muito de mim. ? O vizinho ficou fora de si.

O correto, portanto, é:
Eu fiquei fora de mim.

PARA EU / PARA MIM

O jornal é para mim ler.
O jornal é para eu ler.

Nunca se deve dizer: mim quer casar ou mim vai car. O eu é que pode ser sujeito.
Assim: Sou eu que faço. Portanto, para eu ler. Use o "mim", quando o "eu" não for o sujeito.
Assim: O jornal é para mim. / Para mim, ela é linda.

O correto, portanto, é:
O jornal é para eu ler.

SOBRANCELHAS/SOMBRANCELHAS

Minhas sombrancelhas.
Minhas sobrancelhas.

Sobrancelhas: Cada uma das duas faixas de pêlos que se dispõem por sobre as órbitas oculares; SOBROLHO; SUPERCÍLIO.
Não existe a palavra sombrancelhas.

O correto, portanto, é:
Minhas sobrancelhas.

MEC cancela Enem por suspeita de fraude e estuda remarcar prova em 45 dias

MAIS UMA VEGONHA PARA O "DES"GOVERNO DO PT !!!!!!!!!!!!!


01/10/2009 - 07h29

Fonte: UOL Edução.

O Ministério da Educação cancelou na madrugada desta quinta-feira (1º) a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que seria aplicada neste final de semana em todo o país. Há suspeita de fraude e de que o conteúdo da prova tenha vazado. Ainda não há nova data para a prova.A decisão foi tomada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após ter sido alertado pela reportagem do jornal 'O Estado de S. Paulo' sobre a quebra do sigilo do exame. Um homem, de acordo com a reportagem, tentou vender uma cópia da prova ao jornal por R$ 500 mil. "Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance", afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, por volta da 1 hora da madrugada desta quinta (1), por telefone.

Tentaram vender a prova

Na tarde de ontem o jornal foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil. "Isto aqui é muito sério, derruba o ministério", afirmou o homem.

O encontro no qual o Estado viu trechos da prova aconteceu ontem à noite, na zona oeste de São Paulo. O homem que telefonou para a redação estava acompanhado de outra pessoa. Eles disseram ter recebido o material na segunda-feira, de um funcionário do Inep. Afirmaram que o esquema de fraude tinha cinco pessoas.

Segundo reportagem do jornal 'O Estado de S. Paulo', que afirma ter tido acesso à prova que seria aplicada, pessoas avisaram o jornal sobre o vazamento e contaram ter obtido a prova por meio de funcionários do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), organizador da avaliação.

Nova data do Enem 2009

O MEC estuda remarcar o exame nos próximos 45 dias. Uma segunda versão da avaliação, que já estaria pronta, pode ser utilizada. Uma entrevista coletiva deve ser realizada ainda nesta manhã, para explicar os novos procedimentos com relação ao Enem.

"Os indícios de que houve furto de exemplares são fortes. Não nos resta outra alternativa a não ser adiá-la [a prova]", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad ao telejornal 'Bom Dia Brasil', da Rede Globo.

Mais de 4 milhões de pessoas se inscreveram para fazer o exame. O número é recorde, segundo o MEC.

O ministro afirmou ainda que os inscritos no exame permanecem inscritos, e sugere que os estudantes utilizem o tempo até a nova data da aplicação da prova em prol do estudo. "Agora é continuar estudando e esperar pela remarcação do Inep", afirmou.

A prova seria realizada no sábado (3) e no domingo (4), em 10.385 escolas diferentes de 1.826 municípios com, ao todo, 113.857 salas de prova.

O Enem 2009 terá uma redação e quatro provas com 45 questões objetivas, dentro das seguintes áreas: ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

Este ano, o inscrito no Enem terá o direito de participar do vestibular unificado do MEC. Ele poderá optar por cinco cursos em instituições federais e, de acordo com o desempenho, simular a posição na graduação pretendida, em comparação com as notas dos demais concorrentes.

Além de substituir o processo seletivo pela prova do MEC, as universidades federais puderam optar ainda por outras três formas de adesão ao Enem 2009. São elas: substituir apenas a primeira fase do vestibular; combinar a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional (nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva); usar o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009


Finlândia é nota dez em educação

Como o país produziu o sistema mais eficiente do mundo. Por Carmen Morán, Enviada especial a Helsinque, para o EL PAÍS.

Às 8 da manhã Marku Keijonen entra na escola. Ele tem 42 anos e é o diretor do colégio Porolahden Perus, em Helsinque. A primeira atividade do dia é ligar o computador. "Não é uma coisa superficial: ao abrir meu correio encontro as cartas dos pais de alunos, que tenho de responder." As famílias estão em contato permanente com o colégio, e é aos pais que o diretor tem de prestar contas de seu trabalho, em primeiro lugar.

Finlândia. Neste país de noites brancas e sombras eternas, conforme a estação (agora anoitece às 4 da tarde), as estatísticas sorriem. O Fórum Econômico Mundial diz que tem a economia mais competitiva do mundo; é o país da Europa dos 15 com maior difusão de periódicos por habitante (430 por mil); taxa de fecundidade notável, 1,7 filho por mulher (a média européia é 1,4). Mas talvez sejam os resultados escolares de seus estudantes o que causou mais alegrias nos últimos tempos. O relatório PISA 2003, que mede o rendimento educacional dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado há algumas semanas, novamente situa a Finlândia como país exemplar: é o primeiro colocado em matemática, em compreensão da escrita e em cultura científica (junto com o Japão).

Os professores não sabem muito bem o motivo desses dados. Investem-se 5,8% do PIB em educação, mas outros países também o fazem; (O Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - informa que o Brasil gasta o equivalente a 4,3% do PIB com a educação pública. Para garantir qualidade, porém, um relatório do Grupo de Trabalho sobre Financiamento da Educação, realizado por iniciativa do MEC, em 2001, mostra que seria preciso investir 8% do PIB.) Na Finlândia, seu clima adverso deixa as crianças em casa, em contato com os livros, mas na Islândia ou na Dinamarca também não faz calor; suas classes têm os níveis de imigração mais baixos da OCDE. Mas todas essas coisas não explicam por si sós o êxito repetido. Os professores, e a própria ministra da Educação, Tuula Haatainen, o atribuem em grande medida à sólida formação dos docentes e a um quadro educacional muito claro. "Temos um sistema uniforme, obrigatório e gratuito que garante a eqüidade e o acesso para todos; o corpo docente é altamente qualificado e as mães, incorporadas ao sistema de trabalho, são as primeiras a motivar seus filhos a estudar", resume a ministra.

O sistema educacional finlandês é público e gratuito desde a infância até o doutorado na universidade. Além disso, é obrigatório dos 7 aos 16 anos. Nessa etapa todos estudam a mesma coisa e o governo pretende que o façam no mesmo edifício, ou o mais perto possível, para garantir um acompanhamento continuado do aluno.

O Estado define 75% de disciplinas comuns e o resto é organizado pelo colégio, com a participação ativa de estudantes e famílias. Há ampla liberdade para projetar o dia-a-dia escolar, portanto não é fácil falar do sistema de maneira geral. Mas há alguns aspectos comuns. A formação dos professores é um deles. Todos têm de ter cinco anos de formação, um terço da qual será de conteúdo pedagógico. "Não basta saber matemática", dizem. E a maioria, como lembra a ministra, tem um ano a mais de estudos, um mestrado.

Os professores acreditam que o salário poderia ser um pouco maior que os cerca de 2.300 euros (R$ 8.300) brutos por mês (pobre professor brasileiro); mas estão contentes com as 13 longas semanas de férias por ano (os espanhóis têm mais de 16). A jornada semanal é de 37 horas, mas nem todas são de ensino em classe. Quando perguntados, não duvidam: são professores por vocação e estão motivados. Talvez porque têm valorização social e prestígio entre seus compatriotas. "Em geral contamos com a confiança dos pais, embora isso esteja decaindo", diz Tuula Tapaninen, orientadora do colégio Porolahden Perus.

Do outro lado de Helsinque, a diretora do colégio Alppila, Aulikki Kalalahti, indica outro dado que explica a motivação dos professores: "Eles têm liberdade para trabalhar com os alunos e vêem que conseguem êxito com eles".

Relação fluida

Os professores trabalham lado a lado com as famílias, com as quais mantêm uma relação fluida. Em janeiro o colégio Alpilla organiza jornadas de apresentação, das quais participam os pais, para conhecer seu método de trabalho. Se gostarem poderão optar livremente por matricular seus filhos ali. Os pais podem escolher a escola, mas costumam preferir a mais próxima. O Alpilla mantém com a escola primária que lhe corresponde pela proximidade uma estreita sintonia, que favorece o acompanhamento dos alunos até o final da etapa obrigatória.

Cinqüenta por cento dos alunos que se matriculam dos 13 aos 16 anos vêm dessa escola, mas a outra metade procede de qualquer parte de Helsinque. O colégio ganhou fama em comunicação e expressão. É um exemplo de um fenômeno recente na educação local: a especialização de alguns colégios em música, matemática, esportes... Quando um aluno se destaca em alguma dessas disciplinas, os pais tentam matriculá-los nesses colégios, embora alguns imponham um teste para avaliar as habilidades do aspirante. Se houver lugar, está dentro.

A oferta e a demanda se distribuem por enquanto razoavelmente entre todos os colégios de Helsinque, embora a prefeitura tenha eliminado (salvo exceções) os vales-transporte para as crianças que se transferem por vontade própria para escolas distantes de suas casas.

Quando as famílias vierem conhecer o Alpilla, a diretora lhes explicará que receberam um prêmio por cumprir fielmente o programa: os professores se propuseram a trabalhar em equipe, bem coordenados, e o conseguiram. O governo lhes deu um cheque de 28 mil euros. Foram à Hungria nas férias e fizeram uma boa ceia de Natal no ano passado.

Quando as coisas pioram, os profissionais do colégio dão apoio acadêmico e social aos alunos. O número de estudantes por classe beira os 20, mas se houver problemas acadêmicos são separados em grupos de dez e colocados em dia. E se for preciso repetir o ano? "Será nos primeiros anos do primário, o quanto antes", diz a diretora.

Esse é o principal desafio salientado pelos professores: poder levar todos os alunos adiante, venham de onde vierem. Por isso, quando localizam um problema põem em ação seus muitos mecanismos de prevenção.

Se a coisa se complica, o governo (local ou nacional) contribui novamente com dinheiro. O colégio está encravado num bairro com problemas sociais e recebe mais verbas que outros. "No ano passado tivemos um problema e a prefeitura deu Helsinque nos concedeu 18 mil euros prontamente." Com essa verba a diretora contratou um professor avulso que ajudou os atrasados a fazer as lições, entre outras coisas.

Na Finlândia os centros escolares têm boas instalações e equipamentos, mas também se percebe certa austeridade. Uma simples cartolina com papéis pregados serve à diretora do Alpilla para deixar claros os propósitos educativos do curso. E eles são cumpridos.

Os alunos também respondem. Fazem seus deveres, que não são poucos, e não se queixam. Mas não são adolescentes de comportamento angelical. São como todos, e entre eles começa a surgir o desânimo, como salienta o diretor do centro Porolahden Perus. O álcool é uma das grandes preocupações nesse país. E o desemprego já atinge 9%. Por enquanto cerca de 60% dos alunos cursa a universidade, e os demais se matriculam em formação profissional. É difícil encontrar alguém que fique sem um diploma.

Os finlandeses têm um sistema educacional livre que roda com fluidez, bons professores, famílias que participam e dinheiro para enfrentar as dificuldades. E uma vontade férrea de cumprir o dever. Oitenta e cinco por cento dos finlandeses são luteranos (pouco praticantes). Poderia o espírito de Lutero ("Sempre pecador, sempre justo e sempre penitente") incutir esse tipo de responsabilidade pessoal no caráter de professores e alunos? "É possível", diz com seriedade o diretor do instituto Porolahden Perus. "É a responsabilidade de que é preciso cumprir. Mas isso tem seu lado ruim: os professores às vezes exigem tanto de si mesmos que chegam a adoecer."

Um povo educado saberá eleger dirigentes honestos e competentes. E estes escolherão os melhores assessores. Um povo educado não tolera corrupção ou o discurso: " - Eu não sabia..."
.
Um povo educado sabe muito bem diferenciar assistencialismo produtivo da compra de votos com bolsas esmolas....
.
Um povo ignorante vive de se iludir..........
.
Enquanto isso, no Brasil, elege-se um cidadão que orgulha-se de não ter diploma nenhum...E seu maior opositor nada menos é que o "vampiro" que se livrou do sistema educacional básico, deixando-o à mercê de "coronéis" municipais, muitos dos quais, também, com péssima educação básica.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O Valor da Vírgula


Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI em 2008 (Associação Brasileira de Imprensa) -

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis...
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Experimente colocar a vírgula nessa frase:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA IMPLORANDO SUA COMPANHIA.


Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.

Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

BOM PARA QUEM GOSTA DA LÍNGUA PORTUGUESA


Redação feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.

Ótimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.

Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.

Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.

Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.

Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.

Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisto a porta abriu-se repentinamente.

Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.

Que loucura, meu Deus!

Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.

Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Fernanda Braga da Cruz

TCU contesta gastos com festa da posse de Lula


O Tribunal de Contas da União (TCU) contestou parte dos gastos da festa de posse do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro de 2007. Um relatório preliminar do tribunal indicou irregularidades em R$ 759 mil de R$ 1,7 milhão gastos no evento. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o jornal, o relatório aponta que o valor, destinado pelo Ministério da Cultura à empresa Aplauso, que atua no ramo de organização de eventos, foi gasto com o aluguel de cadeiras estofadas e painéis de isolamento que não estavam previstos na ata de registros de preços nem foram comprovados por notas fiscais.

Ainda segundo o jornal, entre as irregularidades apontadas pelo TCU, está o aluguel de cadeiras, no valor total de R$ 144 mil, em um evento em que normalmente não se costuma disponibilizar assentos para os espectadores. Quanto aos painéis, o tribunal indicou que, entre outras irregularidades, "não estava justificada a necessidade de 8.206 unidades de painéis para fixação de pôsteres em shows musicais".

A Folha afirma também que o ministério e a empresa disseram ter ciência da investigação do TCU, mas não iriam comentá-la por ainda não terem tido acesso à investigação.